Com o título “2018 – Desafio de dias melhores”, eis artigo do empresário Roberto Macêdo, ex-presidente da Fiec e conselheiro da CNI. A torcida é para que no ano novo nada fique do status quo deste 2017. Confira:
Chegamos ao final de um ano difícil, sob muitos aspectos: social, político, econômico e jurídico. Temos obrigação de não admitirmos que no ano novo de 2018 seja mantido o status quo, como consequência da letargia pela qual a sociedade está possuída.
São vários problemas por que passamos e que ainda se encontram sem solução, decorrentes dos interesses individualistas da maioria que faz o legislativo nacional, em detrimento do que é essencial para a gestão do País e as necessidades da sociedade.
Um país já quebrado teve que passar por situações constrangedoras, demonstradas nas votações havidas e não havidas. As que ocorreram foram sob condição da compra descarada de votos de deputados/senadores pelo Executivo, por moedas diversas e valores escandalosos.
Nosso Judiciário também demonstrou surpreendentemente sua vulnerabilidade ao se omitir sobre a Lei da Impunidade, devolvendo para o Congresso a alçada da decisão, ou seja, deixando na mão da raposa os destinos do galinheiro.
Diante dessas considerações, espero no próximo ano – que também se apresenta como difícil – podermos estar imbuídos de um espírito de insatisfação ativa com tudo o que vem acontecendo de ruim no nosso País. Quero deixar claro que essa insatisfação não significa extremismos e intolerância.
Vamos externar nosso descontentamento por meio de manifestações públicas, já desde o início do ano que chega, colocando-nos claramente em favor do que é melhor para o conjunto da sociedade brasileira. Assim, defendo que a Reforma da Previdência seja aprovada, que a Lei da Impunidade seja revista e aplicada com todo rigor, que o sistema de ensino e de saúde sejam priorizados no seu pleno funcionamento, e que os fichas sujas sejam banidos pelo voto nas próximas eleições.
A gravidade da situação exige que cada um de nós fique atento para não ser sugestionado pelos discursos populistas, muito comuns em períodos eleitorais, e pelas fake news, essa avalanche de notícias falsas que nos chegam a todo instante pelos mais variados canais de comunicação, sempre instigando ódios e abusando da boa-fé das pessoas.
Não será fácil identificarmos os candidatos que merecerão o nosso voto. No entanto, devemos estar em alerta e procurar o máximo de informações sobre pessoas do nosso conhecimento para termos certeza de quem é realmente ficha limpa a fim de assegurar a necessária renovação das casas legislativas: Assembleias Estaduais, Câmara Federal e Senado.
Depende de nós esse esforço para vivermos um 2018 mais confiante em dias melhores. Aproveito o espírito natalino para lembrar “que o aniversariante não passou por chaminé para te dar presentes… passou pela cruz para te dar salvação”.
*Roberto Macêdo
roberto@pmacedo.com.br
Empresário.