Em artigo no O POVO deste sábado (1º), a vereadora Larisssa Gaspar (PPL) destaca a luta pelos direitos da população LGBT. Confira:
Quase cinco décadas depois dos conflitos entre a população LGBT de Nova York e a polícia, que deram origem ao Dia do Orgulho LGBT, celebrado mundialmente em 28 de junho, duas palavras seguem se destacando quando se trata desse tema: violência e resistência. No Brasil, país que mais mata gays, lésbicas, bissexuais e transexuais, a resistência contra a LGBTfobia está em diversas frentes: nas ruas, nas artes, na academia, no parlamento.
Uma das primeiras ações de nosso mandato na Câmara Municipal de Fortaleza foi realizar os Círculos de Cidadania, sendo o primeiro deles o LGBT. O que ouvimos orientou ações do nosso mandato e da Frente em Defesa da Cidadania LGBT, que por iniciativa nossa foi recriada nessa legislatura e temos a honra de presidir. Desde a posse da Frente, em abril, iniciamos uma série de visitas a equipamentos públicos municipais para avaliar a infraestrutura e a execução da política pública para a população LGBT.
Após o assassinato de Dandara dos Santos, em 15 de fevereiro, nos reunimos com o secretário estadual da Segurança Pública, André Costa, não apenas para tratar da investigação do caso, mas também de um plano de trabalho envolvendo as forças de segurança e voltado para os direitos humanos e a diversidade sexual. Hoje tramita na Câmara um Projeto de Lei de nossa autoria que cria o Dia Municipal de Enfrentamento à Transfobia. Por meio de uma indicação, propomos a criação de um Fundo em Defesa dos Direitos da População LGBT, instrumento contábil que possibilita a captação de recursos para essa política em especial.
Resistência e compreensão de identidade de gênero quando, a partir de nossa proposta, a Câmara Municipal de Fortaleza homenageou no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, uma mulher travesti, Labelle Rainbow.
Acreditamos que, assim como outros tipos de violência, a violência contra a população LGBT precisa ser discutida em dois espaços fundamentais na formação do ser humano: a família e a escola. Nesse sentido, apresentamos um Projeto de Lei para que seja inserido no Plano Municipal de Educação um artigo que trata da discussão sobre gênero, racismo, LGBTfobia e preconceito religioso na escolas.
Como mulher feminista, militante pelos direitos humanos, presidenta da Comissão de Direitos Humanos e presidenta da Frente Parlamentar em Defesa da Cidadania LGBT, reafirmo o compromisso do nosso mandato na luta pelos direitos da população LGBT.