Com o título “Estamos tirando Fortaleza do lixo”, eis artigo que João Pupo, secretário de Conservação e Serviços Públicos da Prefeitura, que pode ser lido no O POVO desta quinta-feira. Ele nega demissão de garis da Emlurb e diz que há intransigência dos que não querem pagar pelo lixo que produz. Confia:
No afã de desconstruir a imagem de uma administração, há quem pense em ludibriar a boa-fé do cidadão fortalezense escrevendo frase de efeito de pouca inspiração e nenhuma pertinência com a verdade.
Vamos aos fatos: primeiro, é preciso deixar claro que a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) está realizando o serviço de coleta de lixo domiciliar ininterrupta e normalmente, passando três vezes por semana em cada via da Cidade.
Também vale esclarecer que não houve nenhuma demissão de gari ou outro servidor ligado à área de limpeza da administração municipal. A SCSP realiza, ainda, o diagnóstico de todos os pontos de lixo na Cidade, cerca de 1.800, num trabalho que busca identificar o comportamento de empresas que depositam seus rejeitos nestes locais e em corredores comerciais de Fortaleza, transferindo esse custo para a coleta pública.
Numa medida corajosa, a atual gestão está modificando o quadro da limpeza urbana de Fortaleza, criado e mantido erroneamente por gestões anteriores, e implementa ações de fiscalização e conscientização dos grandes geradores, o que já resultou no crescimento de 19% em número de contratos novos de coleta particular, o que corresponde a 2.421 m³ de lixo a menos nas ruas de Fortaleza, desde a publicação da Lei 10.340, em maio deste ano.
Ao tempo em que se registra, monitora, analisa e corrige, inicialmente de maneira emergencial, por meio da Central 156, fomenta-se uma relação de proximidade entre a população e a gestão na geração de informações precisas para a implantação do Plano de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos de Fortaleza.
Até o fim deste mês, será implantado o Sistema Georreferenciado para o Monitoramento do Lixo de Grandes Geradores, cujo suporte logístico será feito pela apreensão e remoção de contêineres clandestinos e irregulares. E, até o fim deste ano, serão implantados 25 Ecopontos para o recebimento de entulho, restos de poda e material reciclável.
Apesar da ansiedade da população e da intransigência dos que não aceitam pagar o custo ambiental de suas atividades comerciais, a Cidade está cada vez próxima da curva de sustentabilidade, bem diferente de um passado recente.
Portanto, é importante alertar os que pensam ao contrário sobre a nova realidade da limpeza e destinação do resíduo sólido em Fortaleza. Antes de jogar a culpa na população, estamos alertando sobre a conta que ela estava pagando indevidamente, com a concordância de quem teve a oportunidade de mudar esse quadro e não o fez. Mas, agora, será feito!
João Pupo
joao.pupo@
fortaleza.ce.gov.br
Secretário de Conservação e Serviços Públicos da Prefeitura de Fortaleza.