A 17ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou na plenária final, realizada domingo, em São Paulo, a estratégia, o calendário e a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2015. A pauta terá como eixos centrais reajuste de 16%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral e fim da terceirização.
O Comando Nacional dos Bancários entregará no próximo dia 11, em São Paulo, a pauta de reivindicações à Fenaban. A data-base da categoria é o mês de setembro.
Participaram da conferência, aberta na sexta-feira (31) no hotel Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, 667 delegados, sendo 219 mulheres e 448 homens, além de 42 observadores. O presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, ressaltou que os bancários realizaram uma grande conferência, com muito debate político.
Pauta aprovada na Conferência
1. Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
2. PLR: 3 salários mais R$7.246,82
3. Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
4. Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
5. Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
6. Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
7. Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
8. Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
9. Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
10. Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).