Os advogados da construtora Odebrecht na Operação Lava Jato criticam o novo pedido de prisão preventiva para os executivos da empresa investigados pela Operação. Eles alegam que o juiz Sérgio Moro confere prazos diferentes para a acusação e a defesa, não disponibiliza as informações sobre o processo, o que gera disparidade na atuação da defesa e da acusação. Um dos advogados, Tércio Lins e Silva, avalia que a nova prisão foi uma forma de impedir que os tribunais superiores examinem o pedido de habeas corpus feito pela defesa.
Lins acredita que não houve presunção da inocência neste caso e afirma que “essa demonstração midiática para dar satisfação ao público não condiz com o processo democrático”. De acordo com o advogado, o sigilo bancário de seus clientes não foi respeitado e que dados particulares foram revelados, como mensagens entre familiares.
O presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, está preso desde o mês passado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em função das investigações da décima quarta fase da Operação Lava Jato. Nessa sexta-feira (24), Sérgio Moro autorizou a transferência dos executivos para um presídio na região metropolitana de Curitiba.
(Agência Brasil)