O Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza (CDVHS)e a Rede de Desenvolvimento Sustentável do Grande Bom Jardim (DLIS) vão divulgar uma carta, onde denunciarão a precariedade dos serviços de saúde oferecidos pela Prefeitura de Fortaleza nessa área da cidade.
Nesta quinta-feira, às 14 horas, na sede do CDVHS, essa carta será divulgada em coletiva. Confira o documento enviado para o Blog por Marileide Luz, coordenadora do CDVHS e da Rede DLIS:
Saúde no Grande Bom Jardim: Descasom total
A Rede de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável do Grande Bom Jardim – Rede DLIS, através da Comissão de Monitoramento do Direito Saúde, e, cerca de 40 conselheiras e conselheiros dos 08 postos de saúde que atendem a população do Grande Bom Jardim, convocam a imprensa da cidade para uma DENÚNCIA COLETIVA, acerca do descaso geral com o direito à saúde na Região.
Segundo denúncia geral de conselheiros e conselheiras o funcionamento dos postos, enquanto lugar de garantia da saúde, deveria ser discutido em reuniões ordinárias dos conselhos. E, desde outubro de 2014, que não acontece nenhuma reunião em nenhum dos postos. Na falta de espaço para as discussões sobre o descaso geral, os conselheiros dos 08 postos se reunirão, em um encontrão geral, na quinta feira, dia 12/03, às 14 horas, no Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza, Rua Fernando Augusto, n° 987 – Bom Jardim.
Além do funcionamento irregular dos conselhos, que tem por função monitorar o funcionamento dos postos de saúde, os conselheiros denunciam as seguintes situações comuns a todos os postos:
Falta de insumos e equipamentos – em todos os 8 postos, os atendimentos ginecológicos e odontológicos estão suspensos por falta de materiais básicos como luvas, papel toalha, etc.
Atendimento precarizado – Posto Dom Lustosa, na Granja Lisboa, sendo invadido pela lama quando chove
Falta de Medicamentos de distribuição obrigatória – os 8 postos de saúde estão sem nenhum medicamento. Hipertensos, diabéticos, idosos e usuários mesmo com encaminhamento e receita médica estão sem acesso aos medicamentos (inclusive a insulina).
Marcação de Consultas – não estão sendo realizadas marcação de consultas especializadas em nenhum dos 8 postos de saúde do GBJ.
Gestão inadequada – uso de bens privados (carro) para suprir emergências e providências da função pública.
Falta de transporte para deslocamento de profissionais para atendimento domiciliar para acamados e pessoas com dificuldade de locomoção.
CAPS Bom Jardim não está realizando atendimento à população que demanda consultas.
Outra denúncia: Obras de Equipamentos de Saúde paradas.
Dentre todas as irregularidades existentes, destaque maior para o absurdo da paralisação da obra do Posto de Saúde na Comunidade do Parque Jerusalém, licitada no valor de R$ 1.666.066,60, com ordem de serviço assinada em agosto de 2013, com previsão de entrega à comunidade para 16 de fevereiro de 2014.
A obra encontra-se paralisada sem previsão de retomada da construção e conclusão desse equipamento. O posto de saúde do Parque São Vicente e do Siqueira (próximo ao residencial Miguel Arraes) estão na mesma situação, assim como a UPA do Bom Jardim, na Granja Lisboa. Todos estão paralisados, atrasados em relação ao prazo de conclusão da obra.
CENTRO DE DEFESA DA VIDA HERBERT DE SOUZA / REDE DLIS DO GRANDE BOM JARDIM