Com o título “Falta gerência”, eis artigo do jornalista Plínio Bortolotti, que está nas páginas do O POVO desta quinta-feira. Ele expõe que a crítica contra Luizianne Lins no quesito falta de gestão, começa a se repetir na atual administração. Confira:
Uma das críticas à administração anterior, da prefeita Luizianne Lins (PT), era que faltava “gerência” à cidade. Esse foi um dos motes utilizados pelos seus opositores, que venceram as eleições. Tirante os exageros, de que “nada funcionava” na Prefeitura, a crítica tinha pertinência: de fato, faltava disposição para fazer funcionar a contento a máquina administrativa.
Mas o que se vê, com o prefeito Roberto Cláudio (PSB), parece ser uma sequência das trapalhadas administrativas.
Além da severa crítica que o urbanista José Sales fez às obras do viaduto, que tomará parte do parque do Cocó (túnel seria melhor, diz ele), descobre-se agora que nem as licenças básicas para pôr a obra em andamento haviam sido providenciadas pela Prefeitura. E, a edição de ontem deste jornal mostrou que, mal terminada a Copa das Confederações, o asfalto da avenida Deputado Paulino Rocha já está salpicado de buracos. Pelo jeito, continua faltando gerência.
A propósito, entro na polêmica entre o jornalista Érico Firmo (coluna Política) e Paulo Linhares, diretor do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (aqui: http://migre.me/fvMzq). Para mim ficou claro, de primeira, que Érico não criticava o Dragão em si, mas o fato de ser um equipamento que pouco contribuiu para (lá vai a palavra da moda) “revitalizar” o seu entorno. O mesmo, digo eu, vai acontecer com o Aquário se a obra se restringir apenas à construção da estrutura, sem que se olhe à sua volta, como está acontecendo.
Por óbvio, é responsabilidade do poder público, em seus diversos níveis, o planejamento integrado no entorno obras “grandiloquentes”. Se as diversas administrações municipais têm responsabilidade sobre esses planos – como quer Linhares, no caso do Dragão,os governos estaduais também.
Um exemplo: as escolas de formação, que não dependem da prefeitura, e certamente dariam vida à vizinhança, estavam programadas desde que o Dragão foi inaugurado: por que só agora, 14 anos depois, é que estão sendo implementadas no local?
* Plínio Bortolotti
plinio@opovo.com.br
Jornalista.