Com o título “Economia circular”, eis artigo do superintendente estadual do Sebrae, Joaquim Cartaxo. Esse novo formato propõe que o valor dos recursos extraídos e produzidos seja mantido em circulação, por meio de cadeias produtivas intencionais e integradas. Confira:
É cada vez mais presente a ideia de que o modelo de produção e consumo focado na exploração desmedida dos recursos naturais se encontra com os dias contados. O aumento da conscientização da sociedade, quanto à finitude desses recursos, está obrigando as empresas a buscarem novas formas de utilização mais racional de insumos. Sob essas circunstâncias, a economia circular começa a ganhar força no mundo; a mesma propõe que o valor dos recursos extraídos e produzidos seja mantido em circulação, por meio de cadeias produtivas intencionais e integradas.
Por exemplo, na economia circular, o destino final do resíduo deixa de ser uma questão de gerenciamento e passa a ser parte do design de produtos e sistemas; em vez de estarmos adquirindo eletrodomésticos, eletroeletrônicos que se tornam obsoletos e descartáveis, em pouco tempo, a economia circular preconiza que os componentes desses produtos sejam processados e integrados novamente à produção.
A economia circular defende que toda e qualquer matéria-prima seja revalorizada ao longo dos processos produtivos, mais do que permanentemente reciclada. Ou seja, tudo o que é extraído volta à linha de produção seja do mesmo ou de outros produtos.
Outro princípio importante da economia circular: o acesso importa mais que a propriedade ao produto. Portanto, o compartilhamento de produtos adquire grande valor. Atualmente, práticas assim são realidade, tais como: os sistemas de bicicletas
e carros compartilhados que se multiplicam pelas cidades em todo o mundo; os coworkings, espaços onde várias empresas funcionam no mesmo ambiente compartilhando energia, internet, equipamentos, serviços profissionais e de outra natureza. Nesses novos modelos, o indivíduo ou a empresa não é o proprietário do veículo ou do escritório; o que se coloca é a possibilidade de utilizá-los para atender necessidades e interesses comuns, específicos de um ou outro.
*Joaquim Cartaxo
cartaxojoaquim@bol.com.br
Arquiteto urbanista e superin-tendente do Sebrae/Ceará.