Pesquisa sobre Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgada pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), mostra que 63,0% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. O resultado, que diz respeito a este mês de setembro, mostra queda de 2,1 pontos percentuais no índice geral de endividamento, com relação ao último mês de agosto, mas apresenta piora nos indicadores qualitativos, com aumento no percentual dos consumidores com contas em atraso e no comprometimento da renda familiar com o pagamento de dívidas.
A proporção dos consumidores com contas ou dívidas em atraso teve aumento de 3,8 pontos percentuais, passando de 15,5%, em agosto, para 19,3% neste mês. O tempo médio de atraso é de 61 dias e a principal justificativa é o desequilíbrio financeiro – a diferença entre a renda e os gastos correntes – citado por 71,6% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 16,1%, seguindo pela contestação da dívida (7,7%).
Em Fortaleza, 63,0% dos consumidores possuem algum tipo de dívida. Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: (a) cartões de crédito, citados por 82,1% dos entrevistados; (b) o financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 17,4%; (c) os carnês e crediários, com 7,9%; e (d) os empréstimos pessoais, com 7,7% das respostas. O consumidor utilizou o crédito para a compra de:
− Itens de alimentação (43,7% das respostas);
− Artigos de vestuário (39,6%);
− Eletroeletrônicos (34,4%); e
− Realização de despesas de educação e saúde (22,4%).
O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.220 e prazo médio de sete meses, comprometendo 30,1% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento. O percentual de comprometimento da renda é o mais elevado, desde janeiro de 2013, quando o índice foi de 30,4%.
(Site da Fecomercio)