Essa compilamos do Blog Civitate, do ex-comandante da Polícia Miltiar do Ceará, coronel Bessa. Confira o que ele reuniu de sites que tratam da luta da Corporação:
Os policiais militares do Ceará e seus familiares programam realizar vários eventos para chamar a atenção das autoridades do Estado e da sociedade em geral para, segundo eles, o “estado de abandono” em que se encontram. A maior reclamação: alegam ter ouvido da própria “boca” do governador, ainda em 2007, que “os PM’s iriam se orgulhar de pertencer à Polícia Militar do Ceará” e, ao contrário, “foram traídos” e ainda perguntam: “O QUE MELHOROU NAS NOSSAS VIDAS DE 2007 à 2010?”
A WEB, principalmente as redes sociais, está repleta de sites, blogs, facebook, orkut, youtube e twitter, dentro do que eles chamam de COMUNIDADE DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ. Dizem os internautas que, ao contrário da promessa do governador em 2007, quase quatro anos depois, “a vida da família militar estadual continua cada vez mais difícil.”
O que os PMs mais reclamam:
– Ausência de aumento salarial compatível, que inclusive foi prometido ao menos com a média do Nordeste e que seria implantado em forma de SUBSÍDIO e nada foi cumprido. A Polícia Civil e os Agentes Prisionais, que histórica e respectivamente ganhavam igual e menos que os PMs e BMs, tiveram implantados o SUBSíDIO (Polícia Civil) e aumento acima da média (Agentes Prisionais).
– Falta regulamentar a jornada de trabalho, que inclusive foi prevista no art. 5º da Lei estadual nº 14.113, de 12 de maio de 2008, cujo prazo era de 180 dias e até hoje não foi cumprido pelo governo.
– A quase extinção das Indenizações por Reforço do Serviço Operacional extra (IRSO).
– Extinção das Promoções Compensatórias.
– Extinção dos PMs Voluntários.
– Falta de promoções.
– Falta de cursos.
– O Hospital da Polícia Militar do Ceará está praticamente fechado.
– A Gratificação 6×1 não é paga para quem entra de férias, Licença Médica ou mesmo falece em objeto de serviço.
– Um Soldado do Ronda com menos de 1 ano de serviço ganha mais que um Soldado, Cabo, Sargento, Subtenente, Tenente ou Capitão da “PM Comum”.
– Inexistência da Gratificação de Risco de Vida.
– Obrigatoriedade de dirigir viatura sem que os Militares Estaduais tenham a especialização legal exigida pela legislação de trânsito.
– Os militares estaduais têm que pagar prejuízos em casos de acidentes com as Viaturas, embora essas estejam com as manutenções preventivas atrasadas e operacionalizando com a documentação “retardada”, e pior, na maioria dos casos sem a documentação ou até cópia autenticada em poder dos motoristas. Os PMs alegam também que não tem curso técnico para dirigir as Viaturas e citam o artigo 145 do Código Brasileiro de Trânsito, que estabelece a obrigatoriedade de aprovação em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, como premissa básica para poderem trabalhar em tal atividade.
– Falta uma política habitacional para a tropa.
– Transferências são realizadas à revelia (falam de casos da CPRv, Companhia de Eventos, PMTUR e Companhia de Guarda do Presídio…).
– Atraso no pagamento das Diárias de Alimentação e ou Alimentação e pousada.
– Atraso na publicação das Reservas e Reformas.
– As Corporações, a SSPDS e o Governo não cumprem os prazos nos requerimentos ou outros documentos protocolados, entretanto, os militares estaduais são punidos por simples atrasos de “5 minutos”.
Que têm que trabalhar duramente enquanto outros ficam em “casa”, dispensados pelos “peixes”.
– Existe “retardamento” e até casos de descumprimento de decisões judiciais em favor dos Militares Estaduais.
– Existe atraso no repasse de algumas peças do fardamento, ademais só receberam uma farda, quando têm que usar o uniforme 6 dias consecutivos (6 x 1).
– Falta de condições e material para o trabalho, tais como coletes, lanternas, algemas, apitos, tonfas, munição, luvas, fitas de isolamento de local de crime, cones, spray para demarcação de local de acidente, cavaletes, lençóis descartáveis para “proteger” cadáveres enquanto aguardam a chegada da perícia, material de controle de distúrbios, capa de chuva, capacete, protetor solar, fone de ouvido para HT (policiais das motos reclamam que não conseguem ouvir o rádio de mão tendo que pilotar a moto, quando um simples fone de ouvido resolveria o problema).
– Não estão sendo vacinados contra tétano, Gripe e outras moléstias.
– Endividamento, haja vista que passaram quase um ano sem poder contrair empréstimos consignáveis, cujos juros são baixos em relação ao do empréstimo pessoal, ademais não podiam renegociar dívidas, em face do monopólio do Cartão Único/Bradesco.
– Falta de valorização, principalmente com folgas adicionais, pois têm que trabalhar agora 26 dias/mês. Também não recebem elogios, medalhas, cestas básicas etc.”
(Fonte: Blogosfera Policial, WEB e Rede Social da Comunidade Polícia Militar do Ceará)