
Com o título “O debate que a Globo não viu”, eis artigo do presidente estadual do PCdoB, Luís Carlos Paes. Ele analisa o último debate entre os candidatos a presidente da República, realizado nessa noite de quinta-feira pela Rede Globo, mas sem Jair Bolsonaro (PSL). Confira:
Haddad e a democracia foram os grandes vitoriosos do debate de ontem. Os comentaristas da Globo fizeram seu papel: construir uma narrativa, segundo os interesses de seus patrões, de que o debate teria sido frio, que ninguém teria levado vantagem, que Haddad teria ficado na defensiva e que Bolsonaro não teria sido atacado. Parece até que não assistiram ao debate. Todos criticaram a ausência do candidato fujão do debate, até o monotemático Álvaro Dias, que só abria a boca para falar de corrupção, atacar Lula, o PT e não tinha uma proposta. Fraco que nem caldo de bila, em sua primeira intervenção, sequer chegou a formular sua pergunta ao Meirelles tal a sua ânsia de atacar o Lula. Coitado! Álvaro do Podemos não pode nada. Marina, coitada, tentou encurralar o Haddad e foi surpreendida pela capacidade e firmeza do futuro presidente e ficou com cara de Amélia.
A melhor parte de Marina foi quando ela afirmou que Bolsonaro amarelou (arrancou aplausos da plateia), faltou ao debate da Globo, mas participou, no mesmo horário, de entrevista na TV Record, do Bispo Edir Macedo, aquele que emite passaportes para o céu e que já declarou seu apoio ao capitão. Os dois, o capitão fujão e o bispo da Universal, se merecem.
Ciro e Boulos se saíram muito bem. Este último afirmou, com todas as letras, a que serve a candidatura do capitão da reserva. É um instrumento das grandes corporações, principalmente dos grandes bancos e rentistas, que não conseguem mais impor suas políticas em um regime democrático. Precisam de um regime autoritário e, se necessário, fascista para calar o povo e implementar suas propostas, entre elas a reforma da previdência.
Haddad foi um gigante, mostrou que é um professor universitário que vive de salário, pai de família, casado há trinta anos, que já fez muito pelo Brasil como ministro da Educação de Lula e terá duas grandes obsessões em seu futuro governo: emprego e educação.
Não tem Globo, não tem Moro, não tem militar saudoso da ditadura que impeça a vitória do povo, do Brasil verde-amarelo de verdade e da democracia.
Haddad será o novo presidente do Brasil.
Abaixo o falso moralismo, a hipocrisia e a mentira!
Viva o Brasil soberano, verde e amarelo para os brasileiros e não submisso aos Estados Unidos e as velhas potências europeias.
Abaixo o fascismo e viva a democracia!
*Luís Carlos Paes,
Presidente do PCdoB do Ceará