O Governo do Estado tenta emplacar as obras do Anel Viário, que eram para ter sido concluídas desde 2012, com contratação de outra empresa. O consórcio SouzaReis /Jurema /Geosistemas ficará à frente da duplicação dos 32 km da via, na Grande Fortaleza, que está com um pouco mais de 65% de execução.
A Torc Terraplanagem Obras Rodoviárias e Construções/Via Engenharia S.A (Torc/Via), consórcio que detinha o controle anterior, pediu rescisão contratual amigável por estar enfrentando dificuldades para tocar a reforma, segundo nota da Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) ao O POVO. A decisão foi acatada pela Administração Estadual e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no último dia 23 de fevereiro.
O novo consórcio era o segundo colocado em certame realizado em março do ano passado e aceitou ficar com a retomada dos reparos. A transição de posse já está em andamento e, de acordo com Seinfra, até a próxima semana as empresas do consórcio devem assumir integralmente os trabalhos.
O orçamento oferecido será o mesmo da ganhadora Torc/Via, um montante de R$ 86 milhões. Segundo a Seinfra, o plano de ação será elaborado conjuntamente pelo Departamento Estadual de Rodovias (DER) e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) para correr atrás dos “dias de reduzida movimentação” da obra.
Sobre o andamento da obra, a secretaria informa que já estão terminadas as pontes localizadas sobre os rios Coaçu, Gavião e Siqueira e quatro viadutos: entroncamento da CE-065, BRs-020/222, Nova Metrópole e Tronco Norte. A pista existente no Anel Viário será alargada e uma nova em pavimento rígido (concreto) será construída.
Ao término da construção, a via terá ainda nova sinalização, faixa de segurança, canteiro central, ciclovias laterais, retornos e acostamentos em uma medida horizontal de 33 metros para melhorar o trânsito da região.
Já são quase oito anos de andamento das obras de duplicação do Anel Viário, pensadas para desafogar o tráfego entre Fortaleza e Região Metropolitana. Em maio de 2010, o serviço estava à cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit).
Aparentemente paradas e com apenas 3% de execução, a responsabilidade foi repassada aos Governos do Estado e Federal, que assinaram convênio em novembro de 2011.
Os reparos recomeçaram em janeiro de 2012, sob responsabilidade do Departamento Estadual de Rodovias (DER) e com recursos do Dnit. De lá para cá as obras sofreram com diversos atrasos. Em dezembro de 2015, foram paralisadas pela última vez e só foram retomadas no ano passado, com licitação que escolheu a Torc/Via para finalizar os trechos.
(O POVO – Repórte Matheus Facundo)