
A inadimplência das empresas cresceu 3,42% no último mês de agosto na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar da alta, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), autor da pesquisa, divulgou que se trata do aumento mais comedido para os meses de agosto em sete anos de série histórica. Em períodos anteriores, as altas foram de 7,61% em 2016; 9,90% em 2015; 7,64% em 2014; 8,32% em 2013; 11,67% em 2012, e 13,79% em 2011.
De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, mesmo em meio à crise econômica que o país atravessa, essa desaceleração do aumento da inadimplência entre as empresas ocorre em virtude da maior restrição ao crédito e menor inclinação ao investimento por parte dos empresários.
Na comparação mensal – entre julho e agosto deste ano – houve uma leve queda de 0,29% no volume de empresas inadimplentes. Nos meses anteriores, o SPC havia registrado alta no índice de 0,42% em junho e 0,08% em julho.
“Para os próximos meses, espera-se que atividade econômica siga uma lenta recuperação e que os empresários permaneçam cautelosos devido ao cenário de grande incerteza política e econômica, o que deve manter o crescimento da inadimplência das empresas em patamares discretos frente à série histórica como um todo”, afirma o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro.
Entre os segmentos de empresas devedoras, as altas mais expressivas ficaram com os ramos de serviço (5,60%) e indústria (2,29%), seguidos pelas empresas que atuam no setor de comércio (2%) e no ramo da agricultura (0,77%).
Os dados regionais mostraram que a Região Sudeste liderou o crescimento da inadimplência entre as empresas. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de pessoas jurídicas com contas pendentes na região cresceu 3,64%. Em seguida, aparecem as regiões Nordeste, que registrou alta de 2,88% na mesma base de comparação; Norte (2,73%); Centro-Oeste (2,38%), e Sul (2,35%).
(Agência Brasil)